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segunda-feira, 1 de julho de 2013

CHIMIA DE HIBISCUS (vinagreira)



CHIMIA DE HIBISCUS (Vinagreira)



Quando comecei a fotografar e reunir cenas para esse post era o começo do mês de janeiro quando a Vinagreira ou Hibiscus (Hibiscus sabdariffa) ainda estava repleta de folhas verdes, nós estamos em julho, as últimas fotos foram feitas no fim do outono então creio que posso dizer que temos aqui um post que na verdade é uma memória fotográfica de algumas fases do ciclo dessa planta fantástica. E como não podia deixar de ser, também temos uma receita feita com os cálices do Hibiscus.  









No Brasil, principalmente no nordeste o Hibiscus (Hibiscus sabdariffa) é conhecido como Vinagreira. As folhas que são bem azedinhas (daí o nome) são usadas como ingredientes de alguns pratos típicos da cozinha nordestina como o “Arroz de Cuxá". Já aqui para o Sul e Sudeste tenho o visto sendo vendido com o nome de “Flor de Groselha” ou “Groselheira” e precisamente na Nova Alta Paulista muitos o chamam de “ Umê” por causa da colônia japonesa que prepara uma conserva com esse nome feita dos cálices frescos do Hibiscus. As folhas mudam de coloração e ficam impróprias para o consumo na época da floração.

Depois da florada as flores já polinizadas murcham e ficam os cálices que crescem e tornam-se carnudos. E é essa parte da planta que colhemos e faremos uso.

Os cálices de Hibiscus podem ser usados frescos ou desidratados. E podem ser encontrados em mercados municipais e feiras livres durante a safra. Já o Hibiscus desidratado é encontrado durante o ano todo em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação e em empórios de produtos gourmets.

















Para fazer a chimia os cálices são usados frescos. Se um dia você tiver a oportunidade de colhê-los use uma tesoura por que eles são fibrosos e difíceis de serem arrancados do pé.



CHIMIA DE HIBISCUS

Ingredientes

1 kg de cálices de Hibiscus bem frescos - já higienizados e preparados (veja abaixo)
500 g de açúcar
500 ml de água





Para retirar a parte interna onde ficam a sementes basta cortar a base com uma faca e com a ponta da mesma faca empurrar o frutinho de dentro que lembra um pequeno quiabo, por sinal, eles são da mesma família. Para usa-los nessa receita deve-se também retirar a parte verde que fica na base e depois cortar os cálices em gomos (use uma tesoura). 

Modo de fazer

Leve a água e o açúcar ao fogo em uma panela de preferência de fundo grosso e deixe ferver até que o açúcar se dissolva. Junte os cálices de Hibiscus misture bem e assim que começar a ferver novamente abaixe o fogo.
Cozinhe em fogo baixo com a panela semi-tampada, mexendo vez ou outra.
Quando o doce estiver bem brilhante e com consistência cremosa estará pronta. Para saber o ponto, passe a colher bem no meio da panela deverá  formar um caminho, isso se chama “ponto de estrada” e indica que o doce está no ponto certo.
Mas vale dizer, se a geléia engrossar muito rapidamente e as pétalas do hibiscus ainda estiverem com aspecto fibroso e não cremoso “atrase o ponto” do doce, ou seja, acrescente mais um pouquinho (1/2 xícara) de água fria (vá colocando a água pelas bordas da panela) e deixe cozinhar mais um pouco até atingir o ponto desejado. Você poderá repetir isso quantas vezes achar necessário até o doce ficar no ponto desejado.
Depois da chimia pronta é só passar para vidros bem esterilizados e secos.

Sirva com torradinhas, pães, biscoitos e experimente também servi-la junto com cream-cheese, requeijão cremoso ou uma pasta de ricota, Ela ainda poderá ser usada como recheio ou cobertura para bolos, tortas, etc...




Essa receita, texto e fotos pertenciam ao blog “Cozinha é Poesia” e foi  postada originalmente em 18 de julho de 2010.